Quem nunca presenciou a clássica cena da pirraça no shopping? A criança chora, grita e esperneia porque deseja algo que os pais não podem – ou não querem – dar. Mais do que mostrar o mimo excessivo, o escarcéu pode apontar uma dose de consumismo do pequeno, especialmente, se os pedidos forem frequentes.

Sejamos sinceros: se até os adultos têm dificuldade de resistir aos apelos das propagandas, imagine a gurizada! É carrinho motorizado superpoderoso, bonecas que vivem em palácios, bicicletas que carregam os pequenos para altas aventuras e sabe-se lá mais o quê!

Para a psicóloga Fernanda Montanholi, é importante que a criança reconheça o valor das coisas desde cedo, e isso, claro, só é possível se os pais ensinarem:

– Uma boa dica é comparar o preço dos produtos. A noção de caro e barato ou da possibilidade de compra (ter ou não dinheiro naquele momento para levar o produto) é um bom recurso para driblar os impulsos consumistas. Também ressalto a importância de separar as coisas que não estão em uso e incentivar a doação, mostrando que aquilo que foi novo e caro, apesar de usado, poderá ser reutilizado por pelo outro – sugere Fernanda.

E quando o menino ou a menina já são shopaholics de mão cheia, a psicóloga aconselha os pais a repensarem os limites e os excessos para reverter o quadro. “Vale diminuir a quantidade de tempo em frente à TV, acompanhar os sites visitados na internet e conversar sobre o desejo de comprar. Para reverter o quadro, recomendo que os pais definitivamente não atendam todas as solicitações de compras dos filhos”, finaliza.

Portanto, mamãe e papai, pulso firme!

Fernanda Montanholi 

CRP 05/33515 – Gestalt terapeuta e neuropsicóloga
fernandamontanholi@gmail.com

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