Olhos grandes em relação ao rosto – maiores, inclusive do que os de um adulto – e sempre úmidos (lacrimejamento constante), desconforto exagerado com a luminosidade (fotofobia) e, por vezes, opacidade leitosa nas córneas. Os principais sintomas do glaucoma pediátrico são bastante característicos e, com atenção, os pais são capazes de identificar a doença e iniciar o tratamento em seus filhotes o quanto antes, pois a doença pode ter como consequência a cegueira.

O glaucoma acontece por conta de um aumento da pressão intraocular, que leva a uma lesão no nervo óptico, provocando perda progressiva do campo visual. O glaucoma pediátrico pode ter origem em traumas, como acidentes, tratamentos medicamentosos com corticoides ou aparecer após uma cirurgia de catarata congênita. Além disso, o bebê também pode já nascer com o problema.

Apesar de a doença comprometer a visão dos pequeninos, de acordo com o oftalmologista e chefe do serviço de glaucoma do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, Garone Lopes Filho, isso pode ser evitado: “Quanto mais cedo é feito o diagnóstico e o início do tratamento, menores são as chances de que o glaucoma pediátrico evolua para a perda total da visão”.

Diagnóstico e tratamento

Não existem exames específicos durante a gravidez ou mesmo procedimentos realizados ainda na maternidade para detectar se o bebê tem glaucoma congênito. “Na verdade, os pais devem ficar atentos e levar o filhos a consultas de rotina com o pediatra e, se necessário, consultar um oftalmologista”, orienta o Dr. Garone.

Os sinais do glaucoma pediátrico são, normalmente, bastante perceptíveis a olho nu até cerca de três anos de idade. Quando o glaucoma se instala na criança após esta faixa etária, torna-se um pouco mais difícil para os pais perceberem a doença.

Em geral, a cirurgia deve ser realizada tão logo o glaucoma seja diagnosticado. O tratamento pode ser complementado por meio do uso contínuo de colírios que auxiliam no controle da pressão intraocular e da lesão do nervo óptico.

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